segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cintura Fina!!!'.






Fetiche, tendência, vaidade: três motives para aderir à moda do Corselet.

Por: Ana Carolina Fialho.



Responda rápido: qual a diferença entre corset., corselet, corpete e espartilho?


Se você não sabe a resposta, não está sozinha. Apesar de essa peça histórica do guarda-roupa feminino estar em alta no Brasil, pouco se sabe sobre ela. O motivo é simples: o habito de amarrar bem a cintura faz parte da cultura do velho mundo. Comparada à de uma dezena de gerações, nossa tradição nesse campo é mesmo uma grande novidade.


“ Apesar de a história do corset ser milenar, minha pesquisa começa no século XVI, quando a coisa é estabelecida. Mas em épocas antigas também aparecia na forma de um cinturão.”, explica Marita de Dirceu, que trabalhou nos anos 80 com estilistas como Markito e Conrado Segreto, famosos na época. Ela nos ajuda a entender as diferenças: o corset modifica o formato do corpo, com suas estruturas de aço ou metal. Já o corselet é flexível, ou seja, mais confortável, e apenas marca a cintura. Espartilho é corset em português, mas a designer paulista Madame Sher, por exemplo, evita essa palavra por ela ser comumente associada a lingerie. E corpete é sinônimo de corselet. Captou?


Sher( nome adotado por Leandra Rios) tem feito sucesso em São Paulo com suas peças. Entre suas clientes famosas estão a cantora Pitty e a escritora e apresentadora Fernanda Young – esta, adepta do método tigh lacing, que consiste em apertar (tigh) progressivamente os laços (lacing), com o intuito de conseguir uma silhueta mais fina. Ironicamente, abolir os espartilhos do vestuário foi uma das grandes conquistas das mulheres no inicio do século, em direção a uma maior liberdade (de movimentos, inclusive.). Será que estamos retrocedendo? Para Sher, não é nada disso:ela acredita que hoje essas peças são ‘’simbolo de sensualidade’’.

SEM SOFRIMENTO

Polêmicas à parte, Marita se dedica a desconstruir o conceito da peça para criar corselets leves, sem contraindicações. “Tenho clientes de 14 a 70 anos. Moramos num país tropical, então preciso fazer uma roupa que deixe a mulher bonita, mas que não a faça sofrer.”, opina. “Atualmente, quem usa o corset e a técnica do tigh lacing é pelo fetiche da peça, que tem essa conotação. A literatura erótica surgiu durante o reinado da rainha Vitória, que era gordinha e fazia qualquer sacrifício para ficar magra.”

Ou seja, ninguém precisa voltar a era vitoriana. A não ser que você seja uma artista como Dita Von Teese, a atriz americana que abusa dessas peças em suas apresentações burlescas, basta usar o bom senso:”o mais comum é usar com uma saia, montando um look bem feminino. O importante é a roupa ter sua cara.”, ensina Sher, que aprova até mesmo a combinação com calça jeans.



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